Esta é uma receita que rende bastante, no sentido literal do termo.
Foi inventada na casa da Simone, pela empregada dela.
A família dessa minha amiga adora buchinho de boi, cozido com cebola, colorante, temperos e servido com fatias de pão. Tira-gosto muito apreciado no Leste de Minas.
A empregada nova da casa tanto insistiu que gostaria de preparar a iguaria que mãe da Simone não teve saída a não ser deixar. Pior, dia em que o marido levaria alguns amigos para assistirem ao jogo (Democrata x Cruzeiro).
Contou-me essa amiga que tudo ia bem, quando, de repente, a moça soltou um grito na cozinha. Todos correram para ver o que tinha acontecido.
A válvula da panela de pressão voara pelos ares e por todas as bordas possíveis escapava muita espuma. Desligaram o fogo, esperaram um pouco, abriram a panela e não descobriram o que tinha acontecido. A mãe da Simone não entendeu como o buchinho espumara tanto, mas como estava saboroso, sem indicação de estragado, serviu assim mesmo. Todos comeram até se fartarem.
Mais tarde, a dona da casa foi ajudar a empregada com a louça. Ao virar o detergente sobre a bucha ela percebeu algo estranho no produto e ao passar a bucha no prato, a vasilha ficou emplastada de gordura. Era o vidro de óleo que estava no lugar do detergente. Não demorou muito para a mãe da Simone descobrir onde estava o vidro de detergente...
Ao confirmar suas suspeitas chamou a moça e mostrou a causa da espumeira do buchinho. A empregada respondeu:
- Eu nunca consegui identificar direito qual é qual. Bem que a senhora poderia comprar óleo de soja em lata, né!
- Bem que a senhora poderia ler as embalagens quando tiver dúvidas - retrucou a patroa.
- Não me dô bem com as letras não, madame!
- Você não sabe ler?
- Não! Mal, mal, assinar meu nome.
- Como fez no outro dia em que lhe mandei dar tylenol para o Marquinhos - quis saber a patroa se referindo ao neto.
- Tylenol não é sempre o da caixa vermelha????
Quer mais?
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